domingo, 7 de dezembro de 2014

A importância dos livros e das histórias na aprendizagem da criança


O educador deve proporcionar às crianças o contacto com história e livros. Pois estes são um “…factor eminentemente lúdico e educativo…” (Bastos, 1999, p.21) e portanto os adultos, tanto pais como educadores de infância, devem aproveitar, o máximo possível, este recurso. O contacto das crianças com este material didático deve ser promovido desde a Creche. Contudo, é no Jardim de Infância que as crianças começam a adquirir “… um maior domínio da linguagem oral…” (Ministério da Educação, 1997, p.66). Este domínio da linguagem deve ser estimulado pelo educador, devendo este encontrar estratégias para que as crianças se vão apropriando de mais léxico, consigam começar a construir frases complexas, que desenvolvam a prosódia, algumas regras morfológicas, se desenvolvam a nível pragmático, passem a ter mais atenção à concordância nas frases, entre muitos outros aspetos (cf. Sim-Sim, Silva e Nunes, 2008). Assim, com base no que foi referido anteriormente, o educador tem um papel indispensável nesta estimulação linguística nas crianças, não desfazendo o papel dos pais.

Também se desenvolverá a literacia nas crianças se o ambiente tiver sentido para elas e for estimulante, por exemplo relativamente à diversidade de materiais utilizados para contar histórias e da variedade de tipo de textos lidos. Entende-se por literacia, a “…competência global para a leitura no sentido de interpretação e tratamento da informação…” (Ministério da Educação, 1997, p.66). Assim, de forma progressiva, a criança vai-se apropriando da capacidade de refletir sobre a informação que, por exemplo, as ilustrações transmitem, tal como se vai apercebendo das funcionalidades da escrita.

Além do desenvolvimento da literacia, a criança também vai explorando o “carácter lúdico” dos livros, através da sua exploração e momentos de partilha de histórias (Idem. p.67). O livro, segundo afirma Barbosa (2003), “… é um objeto lúdico de descoberta do mundo e das pessoas, e um meio de enriquecimento da linguagem e da comunicação…” (p.50).

De seguida apresentar-se-à exemplos de livros com potencialidades para se trabalhar com as crianças no Jardim de Infância.

Livro: "Lenga lengas”
Autor: Luísa Ducla Soares.
Ilustrador: Sofia Castro.
Ano de publicação: 1997.
Editor: Livros Horizonte.

Este livro apresenta lengalengas, as quais podem ser próximas do quotidiano da criança, isto porque, são lengalengas que se transmitem de geração em geração e sobre diferentes temas.
Resumo da história: Esta obra é constituída por várias lengalengas e uma delas é “Eu fui a Viana”. Esta lengalenga fala de vários locais que se podem visitar em Portugal, sendo que se faz referência a diferentes meios transportes para se chegar a cada destino.

As lengalengas podem ser usadas em diversos contextos por exemplo, em contextos de brincadeira (e.g. saltar à corda), de ida para o refeitório, casa de banho, etc.

Género: Jogos de linguagem.
Discurso: Rimas e aliterações.
Potencialidades pedagógicas: As lengalengas são uma forma de literatura tradicional a qual é transmitida oralmente de geração em geração. As lengalengas apresentam temáticas diversificadas surgindo no contacto entre adulto-criança, tal como entre criança-criança. Por serem tão próximas da criança, e devido à sua diversidade, têm o potencial de serem usadas em diversos contextos, como por exemplo, na ida até à casa de banho, na ida até ao refeitório, tal como em contexto de brincadeira. As lengalengas apresentam alguma sonoridade e ritmo o que facilita a sua memorização, mas também devido à sua pouca extensão pois na maioria as lengalengas são curtas, o que também facilita a sua aprendizagem por parte das crianças. Deste modo, as lengalengas podem ser usadas em diversos contextos e em diversos momentos da rotina do Jardim de Infância. Esta obra serve para trabalhar a consciência fonológica (e.g. reflexão sobre os segmentos sonoros das palavras, articulação, discriminação auditiva), a memorização e discussão sobre o significado das palavras.

Livro: "Varre, varre, vassourinha”
Autor: António Torrado.
Ilustrador: Romeu Costa.
Editor: Plátano Editora.

Este livro apresenta vários trava-línguas e, na generalidade, estes estão próximos da realidade das crianças.
Resumo da história: O livro é constituído por vários trava-línguas, como por exemplo há um trava línguas sobre um gato maltês e outro sobre uma galinha pedrês.
O conteúdodeste livro pode ser usado para memorizar e reproduzir.

Género: Jogos de linguagem.
Discurso: Rimas e aliterações.
Potencialidades pedagógicas: Esta obra serve para trabalhar a consciência fonológica (e.g. reflexão sobre os segmentos sonoros das palavras, articulação, discriminação auditiva) e a memorização, tal com o livro anterior.

Referências bibliográficas
Barbosa, M. (2003). O livro- Instrumento de comunicação em crianças com Necessidades Educativas Especiais (Dissertação de mestrado em Psicologia do Desenvolvimento e da Educação da Criança, na especialidade de Intervenção Precoce). Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Porto.
Bastos, G. (1999). Literatura Infantil e Juvenil. Lisboa: Universidade Aberta.
Ministério da Educação. (1997). Orientações Curriculares para a Educação de Infância. Lisboa: Ministério da Educação.
Sim-sim, I., Silva, A. & Nunes, C. (2008). Linguagem e comunicação no jardim-de-infância. Lisboa: DGIDC.
Soares, L. (1997). Lenga lengas. Lisboa: Livros Horizonte.
Torrado, A. (s.d.) Varre, varre, vassourinha. Lisboa: Plátano.


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

As cores preferidas do nosso Jardim de Infância


“… o quotidiano do Jardim de Infância  oportunidade às crianças de aprenderem matemática, através de inúmeras experiências…” (Cabral, 2003, p. 29)

As tarefas que a seguir serão apresentadas abordam o tema matemático Organização e Tratamento de Dados (OTD).
A recolha de dados e o seu tratamento permitem que as crianças aprendam algo sobre o qual não sabiam (Basile,1999, p.9; NCTM, 2008, p.127) e ajuda no desenvolvimento do pensamento crítico, na resolução de problemas e, também apoia e desenvolve habilidades na representação matemática (Lacefield, 2009). Segundo o autor Baber (2004), o raciocínio lógico, aquando o tratamento de dados, deve ser estimulado e apoiado com recurso a diversas formas de registo da informação a recolher.

O primeiro passo a percorrer em OTD é o de formular uma questão inicial, esta que, ao longo do desenvolvimento do trabalho, deve fornecer dados aos “investigadores” para que estes consigam dar-lhe resposta.

Após se definir a questão, o segundo passo refere-se à recolha de dados. Nesta fase, é muito benéfico para o desenvolvimento matemático das crianças que sejam elas a escolher os dados, a decidir qual “… a forma de os recolher e organizar…” (Castro e Rodrigues, 2008, p.60). 

O terceiro passo prende-se com o tratamento dos dados recolhidos. “após a recolha e registo dos dados, torna-se necessário proceder à sua organização, formando conjuntos (classificando) de acordo com os atributos a analisar” (Castro e Rodrigues, 2008, p. 62). Não se devem utilizar critérios com os quais as crianças, à partida, não estejam familiarizadas. Ou seja, deve-se ter em conta os conhecimentos já adquiridos e os conteúdos já trabalhados com as crianças e adaptar esses aspetos ao nível de desenvolvimento de cada uma. No entanto, deve-se exigir rigor nas representações das informações que as crianças elaboram, levando-as a refletir para que percebam o porquê de ser indispensável esse mesmo rigor. 

Segundo estes autores, há duas formas possíveis de organização/representação dos dados: tabelas e gráficos. Através da organização dos dados, deve-se também proceder à análise dos resultados obtidos de forma a tentar dar resposta à questão inicialmente formulada. As crianças estão habituadas a contactar com as tabelas, especialmente, pois na maioria das salas de tarefas existem, por exemplo, o mapa de presenças, o mapa do tempo, entre outros. 

A última fase de OTD prende-se com a análise e discussão dos resultados. As discussões em grande grupo deverão basear-se naquilo que a representação transmite e, também na importância dos dados apresentados levarem às conclusões das questões colocadas inicialmente. Para este facto os educadores devem encorajar as crianças a comparar dados, isto independentemente das crianças organizarem os seus dados em tabelas ou em gráficos. As crianças devem refletir e analisar o que fizeram individualmente e/ou em pequeno grupo e, posteriormente, em grande grupo partilhando o que se vivenciou, o que decidiu, as conclusões a que se chegou, entre outros aspetos relevantes, fazendo os colegas refletir e analisar de forma crítica a representação elaborada.

Como se pode verificar as tarefas apresentadas proporcionam o trabalho em grupo, deste modo, implica que as crianças saibam tomar decisões em pequeno grupo, sabendo, desta forma, ouvir/respeitar a opinião dos outros. Em grupo as crianças também deverão saber partilhar ideias e refletir sobre os dados. Deste modo, em interação as crianças trabalham numa numa Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP). Segundo o autor Bertrand,

a zona de desenvolvimento proximal é a distância que existe entre o que se sabe fazer (o seu estado de conhecimentos real e a sua perícia psicomotora actual) e aquilo que se pode fazer, isto é, o estado final do seu desenvolvimento quando alguém lhe mostra como se joga (2001, p. 132)

Com as tarefas a seguir propostas pretende-se que haja interação entre pares de forma a estimular a troca de conhecimentos e aprendizagens.


Tarefas para trabalhar Organização e Tratamento de Dados no Jardim de Infância


Objetivos gerais das tarefas apresentadas
  • Recolher dados do meio circundante;
  • Organizar os dados em tabelas e/ou noutras formas de representação à sua escolha;
  • Discutir e partilhar os resultados da recolha de dados.

Tarefa 1 – “Qual a nossa cor preferida?”


- Crianças em grande grupo;
- Educador sugere às crianças recolherem as cores preferidas das pessoas do Jardim de Infância (aqui podem, além das crianças das outras salas de atividades, incluir as assistentes operacionais e os educadores e, também, seria curioso, recolher as cores preferidas dos encarregados de educação das crianças) – O tema/assunto deve ser do interesse da criança. Desta forma, a ideia podia ter surgido de uma situação anterior, de uma história, por exemplo ("As cores do Elmer" Autor: David Mckee, Editora: Caminho);


- Decidir os pequenos grupos de crianças a serem formados;
- Cada pequeno grupo ficaria responsável por uma sala de atividades, outro pelas assistentes operacionais e educadores;
- Cada pequeno grupo decide como quer recolher/registar os dados/cores preferidas 8º educador dá 3 hipóteses de recolha e cada grupo escolhe uma);




Objetivos pedagógicos:

·         Participar na discussão sobre a forma de registo mais adequada;
·         Trabalhar de forma cooperativa com os colegas;
·         Participar na construção do instrumento de registo.

Tarefa 2 – “Vamos recolher as cores preferidas do nosso Jardim de Infância”


- Cada pequeno grupo vai à sala de atividades onde ficou de recolher os dados;
- O educador, enquanto cada pequeno grupo está numa sala de atividades a recolher os dados deve ir circulando pelo Jardim de Infância de modo a apoiar eventuais dificuldades das crianças;

Objetivos pedagógicos:
·         Participar na recolha de dados e no seu registo;
·         Cooperar e interagir com as outras crianças das outras salas de atividades.

Tarefa 3 – “Que cores foram recolhidas?”


- Depois da recolha, num momento posterior ou logo a seguir à tarefa 2, cada grupo analisa os dados registados;
- O educador apoia cada grupo dando 3 hipóteses de representação da informação e cada grupo escolhe uma (podem ser 3 hipóteses diferentes para cada grupo para haver maior diversidade de representação);

Objetivos pedagógicos:
·         Refletir sobre os dados recolhidos;
·         Discutir sobre a forma como vão organizar os dados;
·         Participar na organização e tratamento dos dados elaborando a forma de representação escolhida.

Tarefa 4 – “Vamos apresentar as cores preferidas do nosso Jardim de Infância”

- Cada pequeno grupo apresenta ao grande grupo a sua representação da informação elaborada – A representação (e.g. gráfico de barras) deve ser elaborado numa tarefa relacionada com as artes plásticas, por exemplo, trabalhando diversos materiais;
- Cada pequeno grupo faz uma análise dos dados que recolheu (e.g. qual a cor preferida de cada sala de atividades; qual a menos preferida; qual a cor que determinada sala não referiu, etc.);
Em grande grupo, no final de todos apresentarem podem expor as representações recorrendo a análises comparativas entre cada representação.

Objetivos pedagógicos:
·  Participar na discussão em grande grupo sobre os resultados obtidos;
·  Refletir corretamente sobre as questões colocadas pelo grande grupo e pelo educador;
·  Comparar suportes de organização de dados.

Referências Bibliográficas

Basile, C. (1999). Collecting data outdoors: Making connections to the real world. Teaching Children Mathematics, 8-12.
Bertrand, Y. (2001). Teorias contemporâneas da educação. Lisboa: Instituto Piaget.Cabral, A. (2003). Os gráficos no Jardim de Infância. Educação e Matemática, 71, 29-31.
Castro, J. & Rodrigues, M. (2008). Sentido do número e organização de dados- Textos de apoio para Educadores de Infância. Lisboa: Ministério da Educação (DGIDC).
Lacefield, W. (2009). The power odf representation: Graphs and Glyphs in data analysis lessons for young learners. Teaching Children Mathematics, 324-326.
National Council of Teachers of Mathematics (2008). Princípios e normas para a matemática escolar (2.ª edição). (APM, Trad.). Lisboa: APM (Obra original publicada em 2000).


quinta-feira, 12 de junho de 2014

A minha família

A atividade que se segue articula a Área de Formação Pessoal e Social com o Domínio da matemática, isto com base nas Orientações Curriculares para a Educação Pré Escolar.

Público - alvo: Crianças com 3, 4 e 5 anos

1ª Parte

  • A educadora lê uma história ao grade grupo (Ex."Beijinhos não dou!" de Julian Jarman, Edições Dinalivro);
  • Depois da leitura refletir com o grupo sobre quem é o Jaime e a sua família:
  1. Identificam quais os familiares mencionados na história ;
  2. Refletem sobre as famílias serem todas diferentes;
  • A educadora propõe que cada criança diga quais os familiares com quem vive;
"A quem dão beijinhos todos os dias quando chegam a casa?"
  • A educadora pergunta a cada criança quais os familiares que vivem com ela - a educadora deve fazer o registo do que é dito;

Objetivos

  • Reconhecer que o ser humano tem necessidade de afeto;
  • Distinguir graus de parentesco simples;
  • Demonstrar que compreendeu a informação transmitida oralmente durante a leitura;
  • Partilhar informação;
  • Participar na recolha de dados acerca de si próprio.

2ª Parte

  • A educadora entrega uma tira de papel a cada criança. Esta tira está dividida em tantas partes quantos forem os familiares que vivem com a criança.
Ex. esta tira corresponde a 4 familiares.
  • A criança deve desenhar em cada quadrado um familiar que vive com ela;
  • Cada criança cola a sua tira num gráfico previamente elaborado pela educadora: Numa cartolina amarela A2 colar uma cartolina vermelha de modo a forma o telhado.
  • À vez cada criança, com o apoio da educadora, deve colar a sua tira de papel por cima do seu nome (as crianças que já sabem escrever o seu nome devem ser elas próprias a escreverem no local indicado pela educadora).
Enquanto, cada criança cola a sua tira a educadora deve incentivar o diálogo e a análise feita pela criança ao gráfico.


Objetivos
  • Reconhecer que cada espaço/quadrado simboliza um familiar;
  • Representar elementos familiares através do desenho;
  • Reconhecer os números como identificação do número de familiares que representa.


3ª Parte

  • No final, as crianças em grande grupo devem observar e analisar o gráfico - a educadora incentiva o diálogo em conjunto fazendo questões como: Quem tem mais familiares a viver em sua casa?; Existem mais crianças a viverem com quantos adultos?; O Rafael tem tantos familiares a viver consigo como quem?; etc.
  • Colocar o gráfico na parede da sala de atividades.

Objetivos

  • Utilizar a linguagem "mais" ou "menos" em comparação;
  • Interpretar dados apresentados no gráfico.

Observações: Para realizar esta atividade é preciso ter em conta a situação familiar de cada criança, ou seja, é preciso saber com quem vive cada criança, para que deste modo, haja alguma diversidade em relação ao número de elementos familiares de criança para criança.  Isto porque, se o número familiares não variar de elemento para elemento a atividade não faz tanto sentido em termos de análise e comparação.


sexta-feira, 6 de junho de 2014

A Pintura

A atividade a seguir apresentada articula o Domínio da Expressão Plástica com a Área do Conhecimento do Mundo, isto com base nas OCEPE. Esta atividade proporciona o contacto com as obras de arte, nomeadamente a pintura, acedendo à arte e à cultura ampliando o conhecimento do mundo. Tal como, a utilização de diferentes materiais alargando experiências, imaginação e hipóteses de expressão.

Público - alvo: Crianças de 4 e 5 anos

1ª Parte

  • A educadora reúne as crianças em grande grupo;
  • Dirige-se ao grupo mencionando que existem pinturas pintadas por pintores muito famosos. Explica que as pinturas tornam-se muito famosas e apreciadas pelas pessoas;
É importante que a docente incentive a partilha de informação e de conhecimentos entre os elementos do grupo, e entre os elementos do grupo e ela própria.
  • A docente mostra a imagem de uma pintura (Ex. "A Noite Estrelada" de Vincent Van Gogh).

   - Menciona o nome do pintor (antes pode questionar o que é um pintor e o que faz); 
   - Diz o nome da obra;
  - Pede ao grupo para observar a pintura identificando alguns elementos do ambiente natural;
A educadora deve incentivar o diálogo e a observação da pintura.

Objetivos:
  • Contactar com a pintura como modalidade expressiva;
  • Dialogar e partilhar informações e conhecimentos;
  • Descrever o que observa na pintura.

2ª Parte
  • A educadora divide o grande grupo em dois grupos mais pequenos para haver um acompanhamento e apoio mais facilitado;
  • Distribui folhas A4 ou cartolinas brancas A4;
  • Propõe que pintem uma pintura com base naquela que observaram (a imagem da pintura deve estar exposta na parede da sala de atividades num local bem visível às crianças);
  • Sobre a mesa devem estar tintas de várias cores e pincéis;
  • É dado a cada criança um pedaço de plástico de bolhas (o que é usado para embrulhar loiça ou objetos muito frágeis);
  • A educadora exemplifica cada passo antes das crianças fazerem:
  1. Começar a pintar o céu, para isso devem pincelar o plástico com a cor correta. Depois agarram no plástico e pressionam-o contra a parte superior da folha. Este processo de "carimbo" pode ser repetido várias vezes até o céu ficar pintado.
  2. Depois do grupo ter pintado o céu, cada criança deve pintar a paisagem. Para isso, deve molhar uma esponja na tinta e proceder à pintura carimbando com cuidado. Pode também fazer pequenos traços de silhueta da paisagem com um pincel.
  3. Depois de terem pintado a paisagem devem pintar as estrelas. Para isso devem molhar o dedo indicador na tinta e "carimbar" a pintura fazendo as estrelas.
A educadora deve apoiar cada criança durante a pintura podendo fazer sugestões e/ou questões sobre particularidades que observe na pintura da criança.
Depois do primeiro grupo ter pintado segue-se o segundo grupo.
  • No final, as pinturas das crianças podem estar expostas numa parede do JI:
          - Pode ter como título " As réplicas da Noite Estrelada de Vincent Van Gogh"
         - No centro do painel de pinturas pode estar a imagem da obra de Van Gogh. À volta desta podem estar as pinturas das crianças corretamente identificadas.

Objetivos:
  • Recriar a obra através da pintura;
  • Representar na sua própria pintura elementos identificados na obra;
  • Emitir juízo sobre o seu trabalho;
  • Utilizar diferentes materiais como "carimbos" na pintura;
  • Divulgar as pinturas elaboradas pelas crianças.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Os Animais

Todas as áreas de conteúdos estão um pouco relacionadas com a Área do Conhecimento do Mundo.
A atividade a seguir apresentada , além de abordar o Domínio da Matemática, também potencia aprendizagens sobre o conhecimento do ambiente natural.

Público - alvo:  Crianças de 4 e 5 anos

1ª Parte
  • Sobre uma mesa colocar imagens de diversos animais. É importante que sejam animais com várias características físicas e de diferentes habitats (deve haver animais repetidos);
  • É proposto ao grupo que explore e observe as imagens;
  • Cada criança escolhe 2 ou 3 imagens e uma de cada vez apresenta o animal escolhido ás restantes crianças (Nome; O que come; Qual o seu revestimento; Onde vive; Como se desloca; etc).
2ª Parte
  • Depois de todas as crianças terem apresentado os animais é proposto que agrupem os animais;
  • Na parede é colocada uma cartolina. A educadora deve escrever o critério utilizado para formar os conjuntos;
Exemplo:



  • Cada criança de cada vez levanta-se e coloca os seus animais no habitat correto;
  • Depois de todos os animais estarem colocados procede-se à elaboração de novos conjuntos utilizando outros critérios (deixar os gráficos expostos sem retirar as imagens).
Exemplo:

Aqui é importante que a educadora explique o gráfico de Venn mencionando que os animais que comem carne/peixe e plantas devem ficar no meio (interseção);
A atividade poderá continuar recorrendo a outros critérios para formar novos conjuntos.
É importante que a educadora fomente o diálogo entre os elementos do grupo para que todos possam partilhar os seus conhecimentos.





3ª Parte 
  • Depois de se fazerem vários conjuntos procede-se ao registo dos mesmos;
  • A educadora distribui folhas previamente preparadas com a imagem dos gráficos trabalhados e seus critérios. 
  • No centro da mesa coloca várias imagens iguais às exploradas mas mais pequenas, isto para que seja possível colá-las nos gráficos.
Nota: Os gráficos elaborados em conjunto pelo grupo devem estar expostos para que as crianças possam observar e para que as ajude no registo. Se houver animais que não foram  explorados e distribuídos pelos gráficos  pode-se deixar que a criança os explore de modo a integrá-los no registo. 

Objetivos
  • Identificar os animais;
  • Reconhecer características físicas dos animais;
  • Reconhecer modos de vida dos animais;
  • Partilhar informação;
  • Identificar semelhanças e diferenças entre animais;
  • Agrupar os animais recorrendo a diferentes critérios;
  • Utilizar o registo como meio de transmissão de informação e de registo da mesma.

terça-feira, 27 de maio de 2014

O Semáforo

Nas OCEPE a Área de Formação Pessoal e Social inclui a educação para a cidadania, qual pode ser trabalhada em diversos temas. Nesta pretende-se que as crianças adquiram e interiorizem valores importantes para viver em sociedade.
Com a atividade apresentada abordaremos a educação rodoviária. Mais especificamente o semáforo como sinal de trânsito importante, tanto para os peões como para os condutores.

Público - alvo: Crianças de 4 e 5 anos.

1ª Parte

Descrição:

  • Apresentar ao grupo imagens acompanhadas com rimas alusivas ao tema;
  • Abordar as seguintes questões refletindo com o grupo:
Para que serve a passadeira? Quando se deve atravessar? quando se deve parar e esperar? O que é e para que serve o semáforo? Falar das cores do
semáforo e o que simbolizam (auxiliar com uma imagem grande e coloria de um semáforo) 
Vermelho - Pára!
Amarelo- Pára e olha! Cuidado!
Verde- Passa, mas com cuidado!


2ª Parte

Descrição:
  • Cada criança constrói um semáforo: 1 círculo de cada cor (vermelho, amarelo e verde), 3 pauzinhos de gelado.
  • Depois de cada criança ter o seu semáforo, em grande grupo procede-se a um jogo que consiste em responder a perguntas utilizando as cores do semáforo. 
Verde- Sim
Amarelo- Espero
Vermelho - Não
  • As perguntas feitas pelo educador, além de abordarem a educação rodoviária, também podem abordar outros aspetos do dia a dia como as regras da sala de atividades, entre outros.
É permitido correr na sala? (Vermelho)
Deve-se esperar no passeio antes de atravessar? (Verde)
Se ainda não chegou a minha vez de receber o leite, o que faço? (Amarelo))
Posso atravessar quando o homenzinho do semáforo estiver vermelho? (Vermelho)
Deve-se escovar os dentes antes de ir dormir? (Verde)
Que se deve fazer antes de arrumar um desenho acabado de pintar com guaches? (Amarelo)

3ª Parte

Descrição:
No final da atividade, para presentear as crianças, fazer uma espetada de gomas imitando as cores do semáforo.
  • Cada criança tem um pauzinho de espetada;
  • Recipiente com gomas de várias cores (entre ela o vermelho, verde e amarelo);
  • Cada criança retira do recipiente as gomas fazendo o seu semáforo respeitando as cores.
Objetivos:
  • Aprender códigos que transmitem informação;
  • Partilhar conhecimentos;
  • Refletir sobre a importância do semáforo;
  • Decorar as cores e o que representam;
  • Reconhecer aspetos e regras a cumprir.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A Rima

Com a atividade que se segue abordamos um dos domínios da Área de expressão e comunicação, o domínio da linguagem oral e abordagem à escrita, isto, segundo as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (OCEPE). A necessidade de abordar este domínio advém da importância de tirar partido do que a criança já sabe para que seja possível contactar com as diversas funções do código escrito facilitando a emergência da linguagem escrita (OCEPE, 1997).

Público-alvo: Crianças em idade pré-escolar.

1ª Parte - Leitura de uma história

Descrição:
A educadora lê uma história em rima para o grupo de crianças (Ex. Livro de Carla Antunes “O Monstro das Festinhas”). Breve explicação em grande grupo sobre o que é uma rima discutindo as particularidades da história ouvida.

Objetivos: 
  •   Identificar o que é uma rima;
  •   Identificar palavras que acabem com a mesma sílaba;


2ª Parte- Qual a palavra intrusa?

Descrição:
Colocam-se quatro imagens no quadro e por baixo de cada uma destas, um cartão com a palavra escrita correspondente.
A educadora lê cada cartão com a ajuda das crianças pois, existe a imagem a auxiliar.
A educadora exemplifica: lê as palavras dos cartões e reflete dizendo qual será a palavra intrusa. Qual a palavra que não rima com as restantes palavras?

Depois, será a vez do grupo de crianças terem que descobrir qual é a palavra intrusa (que não rima com todas as outras). Depois de descoberta, o cartão da palavra e a sua imagem são retirados do quadro por um elemento do grupo de crianças.
O adulto volta a colocar novos cartões e imagens continuando a actividade.

Objetivos: 
  • Identificar palavras que acabem com a mesma sílaba;
  • Identificar rimas
  • Articular correctamente os sons da língua;
  • Discriminar os sons da fala;